Ah!! Aquele momento tranquilo e
perfeito em que se senta a si e à sua criança e escolhendo um livro, lê
alegremente uma história enquanto a sua criança permanece quieta e atenta….
Acertei ?!? Não?
Então, se este
cenário “idílico” não é o que se passa em sua casa…este post é para si!
Comecemos então pelo princípio...Gostava de conseguir fazer com
que a sua criança se interesse pela leitura?Então e antes de tudo as perguntas
que se deve fazer, são:
1.
O meu
filho/a tem livros adequados à sua idade, no seu quarto/espaço?
2.
Ele(a)
pode explorá-lo (a)s livremente?
3.
Vou
alterando os mesmos para manter o interesse e a curiosidade?
4.
Proporciono
um espaço tranquilo, sem muito estímulos onde ele(a) pode explorar os livros?
5.
O meu
filho/a tem liberdade para escolher a história que vou ler?
6.
Deixo
o meu filho/a apropriar-se da história? Sigo as suas indicações, o seu foco de
interesse?
7. Faço
pausas, vocalizações alternadas, personifico as personagens, introduzo objetos
reais que fazem parte da história, músicas ou outros?
8.
Conheço
as histórias que leio?
Não se assuste! Não é necessário
ser um contador de histórias profissional para conseguir obter a atenção do seu
filho(a). Aliás, você (mãe, pai, avó…família) tem à partida todas as vantagens
no que diz respeito à capacidade de captar a atenção da sua criança.
Portanto, relaxe…não existe ninguém
mais apto no mundo para este pequeno desafio!
Dito isto, vamos bater uma a uma
as questões que lhe deixei:
1.
O meu
filho/a tem livros adequados à sua idade, no seu quarto/espaço?
2.
Ele(a)
pode explorá-lo (a)s livremente?
Os livros do seu filho(a) devem
ser adequados para a sua idade, ou seja, enquanto o seu filho é muito pequeno
deve ter livros resistentes (de cartão) ou impermeáveis (daqueles que podem ser
levados para a hora do banho!), para que a sua criança possa manusear, brincar,
explorar o objeto livros de uma forma livre, ou seja, possa, pegar, folhear,
morder, rasgar à vontade.
Estes livros devem estar ao
dispor da sua criança, de preferência ao seu alcance e “devem” ser adicionados
como objeto de interesse/brincadeira/momento de hora conto/entre outros num momento do dia (sugiro que seja num mesmo
momento do dia de forma a criar rotina), permitindo assim que a sua criança se aproprie
do objeto/do livro/ da história.
Quando tiverem aproximadamente 12
a 18 meses e poderá dar a experimentar outros livros. Mesmo enquanto crianças
pequenas poderá ler livros sem que tenham de ser de cartão ou laváveis (vá, não
fique triste!).
3.
Vou
alterando os mesmos para manter o interesse e a curiosidade?
É importante que consiga
alterar os livros que coloca à exploração do seu filho(a), para tal poderá não
colocar os livros todos que tem ao seu dispor (alterando-os ou revessando-os) e
poderá (eu sou utente assídua) usar as muitas bibliotecas municipais.
4.
Proporciono
um espaço tranquilo, sem muito estímulos onde ele(a) pode explorar os livros?
Igualmente importante é que o
momento da vossa hora do conto seja num espaço tranquilo, confortável e sem
muito estímulos para evitar alguma dispersão que possa existir.
5. O meu filho/a tem liberdade para escolher a
história que vou ler?
6.
Deixo
o meu filho/a apropriar-se da história? Sigo as suas indicações, o seu foco de
interesse?
Dê a oportunidade ao seu filho(a)
para escolher (por exemplo entre 3 livros que coloca ao dispor) a história que
vai ler (mesmo que considere que o seu filho(a) escolheu pela capa e sim…mesmo
que seja o mesmo livro que leu no dia anterior).
Deixe que o seu filho(a) explore
(folhei) o livro, antes de ler, pergunte à sua criança se quer que lhe leia
aquele livro.
Quando estiver a ler, siga os
interesses que a sua criança lhe demonstrar (ou por uma imagem ou por uma
personagem…), faça as paragens necessárias, explore um pouco o seu foco de
interesse na história, mas - subtilmente - volte à história que está a contar, pois
é muito importante que esta tenha um início, um meio e um fim.
7. Faço
pausas, vocalizações alternadas, personifico as personagens, introduzo objetos
reais que fazem parte da história, músicas ou outros?
Acho que não lhe estou a contar
novidade nenhuma quando lhe digo que é importante que não seja monocórdico,
faça as pausas, as virgulas, as interrogações, as exclamações e se quiser as
vozes das várias personagens, associe musicas (podem ser infantis ou não) e faça
um pouco de “magia” por exemplo, ao retirar do livro alguns dos seus objetos (exemplo: um
livro que tenha uma bola, pode fazer uma pausa ao contar a história e “retirar”
do livro uma bola real, entregando-a à sua criança).
8.
Conheço
as histórias que leio?
Deixo por fim uma sugestão, que
para mim é das mais importantes….
Antes de ler ao seu filho(a),
conheça, leia e aproprie-se você da história, para que lhe seja mais fácil dar ênfase e fazer as pausas
no momento certo e assim transmitir a
mensagem/história.
Idealmente uma boa história deverá:
Ser curta; Ter várias personagens
que interagem; Ter falas (e vozes!) diferentes; Ser concreta (fáceis de
transpor para a realidade concreta do dia-a-dia da sua criança); Ter repetições
(momentos da história que se repetem ou falas que se repetem); Ter “suspense”
(uma boa história tem um momento de auge, de “tensão”, que depois se resolve no
fim); Ser interativo (permitirá que a criança se relacione com a história e ou
imagem) e claro muito importante ter uma boa história e ilustração!
Se ler, a leitura e os livros são importantes para si e se for um “amor”
que deseja passar para o seu filho(a), não se preocupe demais, pois ele(a)
perceberá - com o tempo - que é uma forma positiva de interagir consigo, mesmo
que no futuro não venha a ser um avido leitor, será - para a vida - um momento
vosso.
Boas leituras!

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